A Sephora inaugurou sua primeira loja no Brasil há pouco mais de um mês, mas as estratégias comerciais da rede de cosméticos francesa já são alvo de investigação do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), sob suspeita de desrespeito ao artigo 28 do código da organização, que estipula que “o anúncio deve ser claramente distinguido como tal, seja qual for a sua forma ou meio de veiculação”. De acordo com matéria divulgada nesta segunda-feira (27.08) no site da revista “Istoé Dinheiro”, a causa da averiguação seriam recentes publicações em três blogs de moda que, apesar de apresentados como sugestões, constituiriam propagandas pagas, ou “publiposts”, como são em geral chamados.
A polêmica sobre a publicidade nos blogs não é novidade, mas é a primeira vez que o Conar abre investigação para analisar um caso envolvendo tais plataformas que, em teoria, veiculam conteúdo autoral. Segundo divulgado pela “Istoé Dinheiro”, e mais tarde pela “Veja”, o Conar instaurou processos contra Lala Rudge, Mariah Bernardes eThássia Naves por posts que, publicados durante o mês de julho, traziam indicações dos mesmos produtos da Yves Saint Laurent: o rímel “Volume Effet Faux Cils Shocking” e o delineador “Eyeliner Gel”. Não bastasse a coincidência, todas ligaram os itens à loja virtual da Sephora, mas sem qualquer menção a possíveis finalidades comerciais das “dicas”.